Em todos os estudos da evolução humana, fica evidente que a sobrevivência não é uma qualidade, mas um instinto dos indivíduos, uma premissa básica de vida. Sendo assim, se indivíduos são os responsáveis pelas organizações, a adaptação deles à realidade empresarial seria instintiva e só os mais evoluídos permaneceriam, correto? Bom, a resposta para esta pergunta é Não!

E por que não? Porque o caminho para qualquer sobrevida exige foco, olhar para o futuro e liderança, começando pela liderança pessoal. Os indivíduos têm a responsabilidade de se autoliderar, e isso é um exercício para o qual todo ser humano tem características natas a exercitar.

Conhecer suas virtudes natas e usá-las em sua estratégia pessoal. Isso é a Autoliderança Estratégica e quando ela inexiste, a selva empresarial nos seleciona, não pelo que somos e oferecemos, mas só pelo que ela precisa e não nos preparamos para oferecer.

Se o instinto é inerente a todos, princípios éticos são básicos e também vêm, ou deveriam vir, no mesmo pacote. Entretanto, no salve-se quem puder, a Ética, torna-se um diferencial (deveria ser obrigação!) para escolher e ser escolhido. Explico: em alguns casos não se tem Ética como uma premissa básica, essencial a quaisquer relações profissionais e pessoais. Usa-se a Ética, erroneamente, como um recurso corretivo de apoio à gestão, só para ajustes pontuais.

Entenda o que quero dizer!

Imagino que seja quase impossível encontrar quem não concorde com a ideia de que: a Ética só é plenamente conhecida e moldada com a prática de virtudes morais. Consequentemente vemos também, a ideia de que a aceitação de uma atitude antiética levará a ações similares futuras (ou presentes) e esse vício não vale o custo. A grande questão é: concordar com a ideia sobre a Ética e vivenciar plenamente, em todos os âmbitos da vida, pessoal e de gestão. Ideias e práticas precisam andar juntas, de nada valem se não forem parceiras.

A decisão de colocar em prática, sempre, o “correto”, levando em consideração o impacto em todas as pessoas envolvidas, apesar de quase uma obrigação, passa por uma ação pessoal e gerencial. Tal decisão muitas vezes se sobrepõe ao custo e ao instinto de sobreviver a todo custo. Cabe ao indivíduo. gestor de si ou de outros, escolher o que fazer por ele e pela equipe.

Neste sentido, rumo à autoliderança, indicamos alguns passos:

  • primeiro passo: a meu ver, é pensar em grande, visão macro de um maior volume de variáveis (incluindo pessoas obviamente) antes de decidir. Quanto maior o número de variáveis consideradas, mais controle. Certamente o caminho a percorrer e a custear também será grande, mas aqueles que o percorrem o caminho certo e se adaptam por completo, saem fortalecidos;
  • segundo passo: imaginem, agora, a força de uma nova equipe renovada, fortalecida, que se mantém comprometida com a Ética , com a qual foi tratada, durante e após uma crise, por exemplo... O aprendizado pelo exemplo tende a se repetir como hábito. Não só o Gestor exerce a liderança e a autoliderança ao planejar decisões, como deixa claro que isso é possível a toa equipe.
  • terceiro passo: atenção redobrada quando somos nossos próprios líderes e nossa própria "euquipe". Discutir ideias é bom, mas é importante não nos deixamos levar pela cartilha dos outros que não conhecem sua realidade pessoal e profissional. Enquanto não atuarmos com equipe, temos que aprender a nos reinventar a cada desafio. Esse "autolíder" será uma referência ética e madura para outros no futuro.

Assumimos um desejo de nos identificar (e em alguns pontos nos identificamos de fato) com o lado bonito da ética na vida, relembrando nossos momentos áureos em moral, mas a ética além de um valor, deve ser um exercício. Ética e Estratégia Pessoal e Profissional andam juntas. O tapa de luvas mais óbvio e clichê é: o ambiente nada mais é do que o espelho de como o tratamos. Se é um espelho daquele que mantém a coerência como guia, que identifica o correto quando o vê, o retorno será muito sincero em relação ao crescimento e maturidade pelo meio.

Para aqueles em que o conceito ético é questionável ou adaptável, com falsas ideias de acertos morais, podem levar a acreditar que a nossa sobrevivência só depende das leis selvagens do ambiente externo e o retorno, neste caso, em algum momento será mais doído.

 

Após este breve resumo, concluo que o que nos falta para nos autoliderar não é Estratégia, afinal na crise a nossa criatividade estratégica, geralmente, se aflora. O que falta é ter a ética como certeza, e não opção de ação. Aqui, não se pode deixar faltar Qualidade: de vida, de ações, de serviços, de pensamentos e de futuro. Se ética é “O” princípio de tudo isso, o erro estará em nós, se nos deixamos gerir e motivar por falsas estabilidades e "jeitinhos" do ambiente.  O ambiente externo é sempre instável! A Ética não! Ética, busca contínua por sabedoria e autocontrole ao liderar a si e aos outros. Estes são nossos recursos para adaptação e inovação, característica reais da sobrevivência.

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